quarta-feira, 29 de abril de 2009

TECNOLOGIA X TV




O homem diferenciou-se dos demais animais pela sua alta capacidade de reunir experiências ao longo de sua vida e, ainda pala sua destreza em transmiti-las para suas gerações posteriores.
Como forma de registrar seus feitos, o homem passou a pintar as paredes das cavernas, abstraiu estes desenhos a tal ponto que chegou a inventar a escrita.
O homem representou e escreveu, inventou a fotografia que imortalizou as celebridades e os momentos históricos com total fidelidade de imagem. Mas esta fotografia ganhou movimento, e através da junção de descobertas na área da Química, Física e da Eletrônica, pudemos transmitir as imagens em movimento através de cabos e ondas eletromagnéticas que chegam aos lugares mais distantes da Terra e até mesmo a outros planetas.
A revolução neste momento em que a TV passa por profundas transformações no Brasil está por conta da Informática que transformou a imagem e o som do vídeo, em lotes de dados digitais que são transmitidos por meio de cabos, satélites e antenas, chegando às TVs, celulares, computadores e laptops por todo o país com as mesmas características de cor e som em que foi produzido no estúdio de gravação.
Por se tornar um meio totalmente digital, a TV brasileira está aberta à fusão com todos os meios de comunicação que utilize esta tecnologia como Internet e celular, por exemplo.
A fusão da TV com os demais meios de comunicação causa uma quebra de paradigma ao anunciar que o espectador deixará de ser espectador, passando a ser o sujeito formatador da sua própria TV, assistindo da forma e ângulo que lhe convier, ouvindo os comentários a partir do comentarista de sua escolha, vendo a propaganda que lhe interessa, e muito mais o que sua mente possa desejar. O controle está na sua mão!

A SEGMENTAÇÃO E VIÉS DA TV - (Comercial x Cultura)


Até o inicio da década de 90, quem quisesse assistir televisão, poderia escolher entre sete canais abertos na freqüência VHF e mais alguns poucos em UHF, com exceção das pessoas que tinham antena parabólica em casa. Com a consolidação da TV por assinatura, essa história mudou, no caso do cabo o número de canais disponíveis aos assinantes varia, chegando a ser superior a cinqüenta. A TV a cabo intensificou a segmentação por canais e não mais por horários, embora essa seja uma tendência registrada em outros veículos de comunicação. Por exemplo quem gosta de desenhos animados pode assisti-los a qualquer hora do dia, o mesmo acontece com o público de filmes, telejornais, entre outros programas. Diante de pesquisa de mercado feita por operadoras de cabo, perceberam essa tendência dos telespectadores e passaram a conquistar uma porção significativa da audiência ao oferecer programas adaptados a nichos específicos de mercado. Outra forma de segmentar a programação para atender audiências específicas diz respeito aos chamados “canais étnicos”, esses canais tem audiência bastante restrita, limitada basicamente a determinadas colônias de imigrantes e seus descendentes. É o caso de Dubai. Outros canais também são limitados a quem conhece idiomas, como o alemão (Deutsche Welle), o italiano (RAI), e o francês (TV5), a TVA decidiu incluir o canal RAI na sua programação pelo fato de que São Paulo apresenta uma população italiana maior do que a cidade de Milão. Assinantes que estudam idiomas sustentam boa parte do sucesso dos canais estrangeiros, as razões oferecidas pelos assinantes de TV a cabo, para assinarem o serviço, tendem a revelar um motivo instrumental, aprender inglês, e um motivo cultural, conseguir acesso à cultura estrangeira.
Avalia-se que as redes abertas ainda têm a massificação como principal característica, mas ressalta que os veículos de comunicação investem simultaneamente na fragmentação e no reagrupamento de consumidores por interesses afins, se nos anos 80 a segmentação das bases consumidoras prenunciava-se como alternativa à homogeneização de gostos pelas indústrias culturais, hoje a chamada hipersegmentação consolida-se como um dos alvos centrais mercadológicas.
No Brasil, a televisão passou a sofrer a segmentação a partir das novas concessões, em grandes áreas metropolitanas, como São Paulo. Sem espaço para novos canais na freqüência VHF, as atenções se dirigiram para a freqüência ultra-alta. Mas a UHF, que permitiu tal segmentação, não podia ser considerada uma novidade na região metropolitana de São Paulo, já que havia nesse período transmissores UHF ponto-a-ponto que distribuíam sinais das redes às estações de TV afiliadas, no interior. A Indústria brasileira sofreu um grande impacto a partir da chegada da Jovem Pan e da MTV- Abril, que introduziram o conceito de canais segmentados.
A segmentação também tem levado a uma outra situação; o fato de a audiência assistir a coisas diferentes na televisão atenua a integração sociocultural. Conforme já mencionado, na entrevista de grupo focal, entre os participantes havia quem sequer conhecia o que o outro assistia na TV. Entre eles, a televisão, conforme discute Wolton (1996), deixou de desempenhar seu papel de unidade social e cultura.

terça-feira, 28 de abril de 2009



A idéia de trabalhar com imagens está ligada a história da civilização. Já nos tempos primitivos o homem deixava suas impressões em forma de desenhos para que as gerações posteriores pudessem aprender ou os reverenciar.
Maurício Valim, Agosto de 1998.


Nada será como antes, surge a Televisão no mundo

Ainda que não exista um consenso sobre quem inventou o aparelho televisivo ou até mesmo de quando data exatamente a primeira transmissão oficial.Em realidade, a história da TV começa no século passado, mais precisamente em 1817, quando o químico sueco Jakob Berzelius concluiu que o selênio poderia transformar a energia luminosa em elétrica. Contudo, somente na década de 20 se realizariam as primeiras transmissões de imagens em caráter experimental.No ano de 1923 o inglês John Baird conseguia fazer a primeira transmissão de imagens de objetos com uma ‘caixa’ denominada por ele ‘televisão’. No mesmo período Vladimir Zworkin, um russo naturalizado americano criava o iconoscópio, aparelho que tinha a capacidade de montar uma imagem totalmente eletrônica, formada por uma centena de linhas e milhares de pontos luminosos.

A chegada da TV no Brasil

O surgimento da televisão no Brasil deu-se no ano de 1950 pelas mãos do pioneiro da comunicação no país, o famoso jornalista e empresário Assis Chateaubriand. Chatô, como era conhecido, desejava aumentar o sua cadeia de jornais e emissoras de rádio a Diários Associados, trazendo ao país o que havia de mais moderno e revolucionário em termos de comunicação.

Foi ele também o responsável pela chegada dos primeiros aparelhos transmissores propriamente ditos, importados dos EUA, encomendados na RCA, ao Brasil.
A primeira transmissão registrada no país ocorreu no dia 3 de abril deste mesmo ano com uma apresentação de Frei José Mojica, um padre cantor do México. As imagens foram transmitidas e assistidas em alguns aparelhos que já haviam sido instalados no saguão dos Diários Associados.
Em 10 de setembro, em caráter experimental foi realizada uma transmissão pela TV Tupi de um filme no qual o ex-presidente Getúlio Vargas falava sobre o seu retorno à política.
Finalmente em 18 de setembro a TV Tupi de São Paulo (PRF-3 TV, canal 3) foi inaugurada oficialmente. Era a concretização do sonho de Chateaubriand. O transmissor comprado foi posicionado no topo do prédio do Banco do Estado de São Paulo.
Neste dia, ia ao ar o programa "TV na Taba". Um show apresentado por Homero Silva sob direção de Cassiano Gabus Mendes. A atração contou com a participação de estrelas como Lima Duarte, Hebe Camargo, Mazzaropi, Ivon Cury, Lolita Rodrigues, Aurélio Campos, do jogador Baltazar e da orquestra comandada por George Henri.
Na época a programação era completamente improvisada e gerada ao vivo, por conta disso imprevistos ocorriam com frequência; para se ter uma idéia, somente na inauguração do canal uma das duas câmeras importadas estragou horas antes de entrar no ar. Mesmo assim, o programa foi ao ar feito somente a câmera restante. Como não haviam ainda aparelhos televisores em São Paulo nem outro lugares do país, Chateaubriand espalhou 200 aparelhos em lugares tidos como "estratégicos" da capital paulista.
No dia seguinte a isto, com o auxílio de profissionais de rádio, jornal e teatro, foi colocado no ar o primeiro telejornal da TV brasileira, o "Imagens do Dia". A partir de então, as transmissões passaram a acontecer diariamente das 18 às 23h. O estilo seguia os moldes do rádio apenas com a vantagem de se ver o locutor e algumas poucas imagens de exibição em preto e branco sem som.
Os primeiros anunciantes da televisão basileira foram : Sul América Seguros, Antárctica, Moinho Santista e empresas Pignatari (Prata Wolf).
Em 20 de janeiro de 1951 entrava no ar a segunda emissora do país, a TV Tupi do Rio de Janeiro.
Este histórico momento ficou marcado como uma época de árduo trabalho, improviso e criatividade. Em busca da audiência, aconteceram as primeiras conquistas técnicas e inúmeras experiências de linguagem. O objetivo primordial era transmitir uma programação com base no respeito ao telespectador e também na ética social da época.
Neste mesmo ano, já existiam aproximadamente 7 mil aparelhos de televisão entre São Paulo e Rio. Foi também em 51 que o Brasil começou a fabricar aparelhos receptores de TV, os primeiros foram da marca "Invictus".
Desde então, o crescimento do número de aparelhos no Brasil cresceu em larga escala chegando no ano de 2001 a uma marca estimada de 60,5 milhões de aparelhos espalhados por todo o país.

NOVAS TENDÊNCIAS DA TV BRASILEIRA

MUDANÇAS NA PROGRAMAÇÃO DA TV BRASILEIRA

Em busca de melhores índices de audiência, a televisão brasileira passa por uma profunda remodelagem na programação e aposta em formatos de sucesso da TV por assinatura e na produção própria de seriados e reality shows.

Após o carnaval, as emissoras de TV brasileira lançam uma gama de novos formatos e títulos que comporão a programação do ano todo. Os programas que lideravam a audiência perdem espaço para os reality shows e as séries. As telenovelas eram quase imbatíveis em audiência e seus horários eram os mais disputados, conseqüentemente se tornavam caros para a veiculação de publicidade. Apesar de ainda terem um grande público cativo, as telenovelas nos últimos 4anos registram quedas graduais. Temos como exemplo a novela Alma Gêmea (2005), transmitida no horário das seis detinha em média 38,6 pontos, enquanto a Negócio da China (2008/2009) não passava dos 27 pontos.
Um dos motivos que levaram as novelas a perderem seus telespectadores foi, a mudança de comportamento do público, que se tornou mais exigente. O telespectador quer ser surpreendido e não aceita antigos padrões que pecam quando fogem da realidade. “A novela tem um processo de produção mais desgastante. Na maioria das vezes, é preciso trabalhar com a mesma temática e o mesmo elenco durante um ano ou mais, e isso limita bastante a inovação do enredo”, explica Alexandre Avancini, diretor geral de dramaturgia da Rede Record.

Com a popularização da internet, os jovens têm maior variedade de entretenimento e estão cada vez mais desinteressados nas novelas, uma vez que buscam alternativas dinâmicas e interativas de lazer, deixando, muitas vezes, de assistir à televisão. A audiência também passou a ser compartilhada com as músicas e vídeos da internet, com os filmes em DVD e com a programação da TV por assinatura. Segundo dados de 2008 da Associação Brasileira de TV por Assinatura (Abta), houve um crescimento de 12,7% em comparação a 2007, chegando a 5,5 milhões de domicílios no Brasil.

Quem chega com muita velocidade nas telinhas são as séries. Repaginadas e prontas para novos desafios, seja no canal aberto ou fechado. Aproveitando o interesse contínuo do público as emissoras investem nesse entretenimento que agrada em cheio, principalmente o público de canal fechado. As emissoras perceberam essa nova tendência mercadológica que vem do exterior e que faz com que as pessoas se interessem mais por elas. O sucesso das séries estrangeiras é um reflexo de um mercado mais internacionalizado. O mercado brasileiro vem acompanhando essa tendência através de um dos maiores produtores de seriados, desde a década de 1980, dos Estados Unidos lideram essa produção mundial.
A produção própria de seriados também é outra aposta das emissoras do país. Apesar de necessitarem de grandes recursos financeiros e de tecnologia avançada, ela tem se mostrado uma alternativa para adequar o conteúdo dos programas à realidade da população brasileira. A Rede Record, por exemplo, tem apostado nesse novo mercado e obtendo altos ganhos de audiência, elevando a qualidade técnica e intelectual da emissora. Os programas são voltados para as classes C, D e E, mostrando a essência de cada uma de acordo com a realidade, sua abordagem é focada principalmente na vida nas favelas e o tráfico de drogas.
A pioneira das séries nacionais, a Rede Globo, investe cada vez mais em programas humorísticos, mas de olho na concorrência, já elabora séries voltadas para as questões cotidianas, que retrata a realidade dos morros do Rio de Janeiro. As produções brasileiras não deixam nada a desejar com relação às feitas no exterior. A recíproca é verdadeira, as emissoras estrangeiras já exportam seriados brasileiros.
A transposição de um seriado da TV aberta para os canais fechados tem o objetivo de agregar audiência de novos públicos, já que, em função do menor custo e da conseqüente popularização da TV paga, esta passa a carecer de diversificação de conteúdos para agradar diferentes perfis de potencial. Quanto maior o contingente, maior a diversidade de preferências oriundas do público de canais abertos.
Para uma produção cinematográfica fazer sucesso não existe regras, no caso específico do Brasil, há uma identificação do telespectador com nomes que estão habituados a ver no dia-a-dia da programação televisiva. O mesmo não se pode dizer dos reality shows, seus protagonistas são na maioria das vezes,totalmente desconhecidos, mas por destacarem realidades existentes no dia-a-dia do país,esse formato também caiu na programação televisiva.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MEIO DE COMUNICAÇÃO TV


Todos os meios de comunicação apresentam vantagens e limitações. Para que possamos aproveitar integralmente as vantagens é preciso conhecer bem as suas características e saber selecionar os que se adaptam à natureza da mensagem e fazem uma boa cobertura do grupo consumidor visado.
Genericamente, podemos dizer que o melhor veículo para dada campanha é aquele que atinge maior número de consumidores visados, de modo mais impressivo, mais rapidamente e ao menor custo por cabeça.

· Transmissão acessível a toda população

· Cobertura geográfica e demográfica

· Grande penetração em todos os targets

· Grande concentração de audiência

· Segmentação

· Agilidade

· Meio dinâmico, demonstra ação

· Meio de cobertura local e nacional

· Custo absoluto pode ser alto

· Rapidez na programação da mensagem

· Criador de modismo

· Transfere status a mensagem
· Mensagens de vida curta

· Disponibilidade limitada

· Tendência a popularização da TV Aberta – “Se o público gosta, dá audiência, se dá audiência, o público gosta”

· Oferece informação e entretenimento

· Meio de maior influência nas campanhas de produtos de consumo de massa – envolvimento emocional

· Crescimento das TVs por assinatura vêm causando mudanças consideráveis nos hábitos de audiência.

· Quando há necessidade de uma grande cobertura em um curto espaço de tempo a TV é imbatível.


Elton Tamiozzo