segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Destaque Profissional

(Por Alex Bolivar & Renata Ferraz)
Nosso destaque profissional é graduado em Comunicação pelo Centro
Universitário da Bahia, Pós-graduado em Marketing pela ESPM (Escola
superior de Propaganda) de São Paulo, especialista em língua Portuguesa
e Literatura, possui uma extensão em Marketing pela Universidade
da Califórnia (EUA), além de ser associado da American Marketing Association
(EUA) e ser titular de oficinas de marketing em várias universidades.
Ricardo Soares de Azevedo Lima, natural de Salvador, hoje ocupa o
cargo de Diretor de Marketing do Esporte Clube Vitória.
Vale à pena conferir o nosso tira teima com essa fera em marketing
esportivo.
CMKT - Fale sobre a sua carreira profissional.
RA - Comecei no jornalismo pela TV Aratu, onde apresentava programa de esportes. Em seguida passei pela TV Globo Nordeste, onde apresentava e editava o Jornal da Manhã. Como jornalista, participei de coberturas como Jogos Pan-americanos de 2003 (Santo Domingo),
Olimpíadas 2004 (Atenas) e Copa do Mundo 2006 (Alemanha), além de vários outros torneios. Desde 2002 atuo na consultoria da área esportiva e em 2008 iniciei carreira pedagógica na Universidade Uniceuma (Maranhão).
CMKT - Por que escolheu o marketing esportivo?
RA - Sou apaixonado por esporte, por isto fui atleta de natação competitiva por quase de 10 anos. Com a recente profissionalização do setor esportivo no Brasil consegui me dedicar mais a área.
CMKT - Quando assumiu a direção de marketing do vitória?
RA - Fim de dezembro de 2008.
CMKT - De que forma é organizada a sua equipe de profissionais?
RA - Quando cheguei não tínhamos equipe, pois o clube estava sem diretor há dois anos. Meu primeiro trabalho foi organizar o departamento, criando equipe, métodos e processos.
CMKT - Qual é a situação encontrada hoje no departamento de marketing do Vitória?
RA - Hoje já temos três áreas internas: patrocínio, sócio torcedor e licenciamento, cada qual com sua organização, mas ainda estamos em fase de consolidação.
CMKT - Quais as estratégias de marketing elaboradas para o esporte clube Vitória?
RA - Temos duas linhas, uma institucional e outra mercadológica. Na primeira vamos cuidar da marca Vitória, que é muito forte. Na segunda vamos focar na área comercial.
CMKT - Dentre as ações implantadas, de qual você espera obter maior retorno?
RA - Acho que a organização dos resultados e um plano de metas comerciais deverão gerar ao clube uma memória importante para a organização. Espero mostrar a efetividade disso e deixar esta cultura do planejamento baseado em dados implantados.
CMKT - Onde está encontrando maior dificuldade?
RA - A falta de orçamento dificultou muito esta primeira etapa. Com o mercado recessivo tivemos que cortar muitos custos e isto tornou lento nosso processo de mudança. Mas devemos terminar o ano dentro de uma meta aceitável e com boas perspectivas para 2010.
CMKT - Faça um rápido balanço da situação do departamento de marketing do Vitória antes e depois da sua chegada.
RA - A estruturação do departamento irá deixar um legado importante, com dados de extrema relevância para as próximas ações e uma organização adequada para a avaliação de desempenho do clube nos negócios. Quero implantar uma cultura corporativa identificável por nossos clientes internos e sinto que isto está a caminho aqui no clube. Posso dizer que isto é a maior diferença entre o antes e depois de minha chegada aqui. É um trabalho silencioso, mas vai aparecer na hora certa.
CMKT - Qual é a sua visão atual e futura para o segmento de marketing esportivo no mercado de trabalho?
RA - A Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 já trouxeram para o mercado nacional uma nova concepção para o esporte. Se antes era diversão, hoje é negócio. Neste novo cenário devemos ter uma busca pela profissionalização para o setor. Se isto não ocorrer, o que não acredito, deixaremos de aproveitar um novo mercado avaliado em R$ 20 bilhões. Digo que não acredito, pois o futuro de nosso país depende muito de como iremos aproveitar estas oportunidades dos próximos anos. Vou tentar fazer a minha, pois quero contribuir com minha cidade e meu país.

Marketing pessoal é a chave do sucesso

(Por Marise e Magda de Almeida)
O atual modelo de sociedade impõe padrões de extrema competitividade em praticamente todas as áreas. Logo o Marketing pessoal vem como um diferencial no momento da seleção de um profissional para o mercado de trabalho. Destaca-se como as principais características da imagem pessoal a aparência, comunicação adequada, resultados apresentados e comportamentos dentre outros aspectos. O ideal é fazer uma análise da própria imagem, levando em conta cada um desses tópicos. Pois se não tiverem a devida atenção podem comunicar a idéia de incompetência, irresponsabilidade, falta de comprometimento com a empresa, desatenção ou simplesmente
distorcendo a maneira como você é visto por outras pessoas, bem como as companhias escolhidas podem afetar negativamente sua imagem. O Marketing Pessoal pode ser definido como uma estratégia individual para atrair e desenvolver contatos e relacionamentos interessantes do ponto de vista pessoal e profissional, bem como para dar visibilidade a características,
habilidades e competências relevantes na perspectiva da aceitação e do reconhecimento por parte de outros. Pode-se acreditar que o Marketing Pessoal é definido como um conjunto de ações estratégicas, atitudes e comportamentos que conduzem a trajetória pessoal e profissional para um feliz sucesso por meio de qualidades e habilidades inatas ou adquiridas do indivíduo que, aperfeiçoadas, promoverão comportamentos favoráveis à realização dos seus próprios objetivos. Nota-se conceitos que se assemelham e se somam, enfatizando a real necessidade do planejamento de um Plano de Marketing pessoal. Este tornou-se uma ferramenta estratégicaessencial no processo de se conduzir com sucesso uma marca pessoal no mundo atual em que vivemos. Sendo preciso ter criatividade e uma certa dose de coragem para criar motivospara interagir e se destacar.

Atuação no mercado de Comunicação e Marketing

A comunicação e o marketing sofreram, ao longo dos anos, inúmeros
reajustes em sua área de atuação, isto é proveniente das mudanças
ocorridas no mercado e nos cenários mundiais. Antes de falar em
comunicação e marketing propriamente ditos e para tentar compreender
a sua essência, vamos refletir a Idade Média, quando surge e
desenvolve-se o mercado, coração da vida econômica e política.
Segundo Padilha (2006, p.40), os mercados eram inicialmente instalados
nas igrejas e administrados por elas, sua importância era tanta
que foi a partir dos mercados que as cidades começaram a nascer.
Impulsionou a construção de estradas, portos e canais, bem como,
a produção de carros, trens e aviões. O século XIII, conhecido como
século das luzes, marcou uma série de transformações no ambiente
comercial mundial, a Revolução Francesa, garantiu a liberdade de comércio
e a livre produção de grãos. Com isso, expandiu-se a construção
de mercados, dando inicio ao que viria a ser uma sociedade de
consumo.
Em sua obra, Shopping Center, Valquíria Padilha afirma que: “Esse dinamismo
comercial de nossos dias encontra suas raízes no século XIX,
quando, alem de firmarem-se os princípios da Revolução Industrial,
surgem de forma mais sistemática, especialmente em Paris e Londres,
as primeiras grandes lojas de departamentos, e com elas uma verdadeira
‘cultura do consumo’”. (2006, p.42)
Baseado nessa nova “cultura do consumo” é que surgem os profissionais
de comunicação e marketing, sabendo que o mundo é feito de
clientes, na constante busca de fidelizá-los. Nesse contexto, podemos
refletir as novas tendências de atuação no mercado de comunicação
e marketing, não perdendo de vista os acontecimentos passados, os
quais são discutidos de forma diversificada, tomando-as como base
para o futuro.
Na sua gestão, o mercadólogo deve auxiliar na administração da
empresa, desenvolver o planejamento estratégico e cuidar para que
ele seja cumprido. Alem disso, tem a função de gerenciar vendas e
delinear os objetivos da comunicação, encaminhando as demandas
à agência de publicidade, para desenvolvimento das campanhas. O
perfil de um bom profissional é caracterizado por habilidades em
comunicação, persuasão, liderança e capacidade de trabalhar em
equipe. Enio Carvalho, que é administrador e consultor de marketing
publicou no site Publicidade e Marketing um artigo onde afirma: “o
marketing no Brasil tem quase 50 anos e veio para ficar”. As empresas
que desejarem sobreviver e perpetuar no mercado deverão requisitar
um profissional desta área, ou seja, as empresas terão que ter profissionais
de marketing capacitados e preparados para buscar soluções
que possam atender e entender o mercado.
No Brasil, as grandes empresas sempre dispõem áreas especificas de
marketing que empregam grande parte dos profissionais da área,
mas, as empresas de médio e pequeno porte geralmente não possuem
um setor específico. A profissão ainda não tem um piso salarial
estipulado. Como em qualquer outra profissão, no Brasil atual, não é
fácil encontrar uma boa colocação no mercado. Para isso o profissional
tem que se dedicar, investir em qualificação e através de muito
trabalho mostrar que é realmente bom. (Por Marina Silva)

Redes Sociais e o novo nicho de mercado

(Por Daniele Pires)
O ser humano é intrinsecamente um comunicador. Dentre as muitas possibilidades da comunicação no âmbito da interação, vem tornando-se cada vez mais popular a utilização das redes sociais por membros da sociedade civil e corporativa. Fato este que torna as redes sociais, objeto de estudo que merece a atenção do profissional atuante no mercado da comunicação.
No ambiente corporativo, a utilização da internet através dos sites de relacionamento, blogs, facebooks e etc., vem despertando especial interesse das companhias que se preocupam com os seus pontos de contato (colaboradores, consumidores, fornecedores, etc). Sendo que a popularização do acesso a este tipo de ferramenta, concede para as redes sociais status de veículo de comunicação. Eis que surge um novo nicho de mercado para o profissional de comunicação das mais diversas especialidades. Cabe ao profissional compreender a utilização das ferramentas das
redes sociais e como fazer para chamar a atenção do público alvo do negócio acompanhado, como também obter de forma rápida e interativa o feedback do público tanto sobre
os produtos comercializados, como sobre a imagem da instituição de um modo geral, sem deixar de saber como estão sendo avaliados o posicionamento e as atitudes da corporação. Este nicho de mercado possibilita os trabalhos desenvolvidos em home office, o que se configura com uma outra tendência. Desta forma, os profissionais de comunicação que estão disponíveis no mercado ou têm tempo livre o suficiente para acumular mais de uma função que estão a par do funcionamento das redes sociais e gostam de usufruir da interatividade, têm de fato uma excelente oportunidade de oferecer os seus serviços as empresas que querem interagir com os
usuários das páginas de relacionamento. É bem verdade que há uma linha tênue entre a utilização das páginas de relacionamento com responsabilidade e ética em benefício do negócio e o risco da utilização de forma irresponsável que pode ser danosa a imagem de uma
instituição.Este é mais um motivo para que as corporações abram espaço para a função de comunicadores, profissionais habilitados voltados para a administração, manutenção e checagem diária do que está sendo veiculado sobre a sua marca nos sites de relacionamento.
É fato que o mercado está em expansão e cabe aos comunicólogos interessados manterem-se informados, sob alerta para esta tendência de mercado que amplia a oferta de trabalho
e se apresenta como mais uma alternativa para a classe. A procura por profissionais que possam desempenhar tal função, com a eficácia necessária, deve aumentar proporcionalmente
ao espaço tomado pelos sites de relacionamento na vida dos membros do público-alvo de cada empresa.

A importância da inovação e ousadia no sucesso da marca Ação Informática

A DealerNet – Ação Informática é uma empresa pioneira, com 18
anos de experiência em soluções de TI. Ela é líder em oferecer soluções
inovadoras para atender toda indústria automobilística. No
processo de gestão corporativa oferece soluções, que ajudam as
empresas a gerenciar seus custos, atender novas regulamentações
e ampliar as relações com seus clientes. Em seu modelo de negócio,
tem como diferencial o seu mercado de atuação. A DealerNet comercializa
“softwares as a service” (softwares como serviço), que viabiliza
que o cliente pague pelo uso do software e não pela licença.
O primeiro grande contrato da Ação Informática foi à execução de
um Plano Diretor de Informática (PDI) da empresa Fiação Jangadeiro.
Em 1991 o sistema de gestão para concessionária foi desenvolvido
exclusivamente para a Sanauto, porém a Ação Informática ainda
não havia se desvinculado do PDI.
Não satisfeitos com a situação atual, a Ação Informática estava
disposta a alargar a visão. O primeiro passo se deu quando foram
conhecer uma empresa Baiana, a Advanced Tecnologia, que tinha
como proprietário o Sr. Osvaldo Nelson, uma figura de suma importância
para o inicio da Ação Informática. Ele propôs um desafio: a
construção de um sistema que fosse criado pela Ação Informática
para gerenciar concessionárias automobilísticas, além de fazer um
produto que vendesse em todo território Brasileiro.
A estratégia de Marketing utilizada foi o reposicionamento, pois
deixaram de desenvolver um produto sob medida para então se
posicionarem como uma empresa sem fronteiras e que vendessem
os seus produtos para todo o Brasil. A inovação aconteceu quando
deixaram de usar Clipper (linguagem de programação) que era na
época a linguagem convencional e passaram a usar a linguagem visual,
desenvolvendo Windows. A linguagem foi importada, pois não
havia representantes no Brasil. Segundo um dos proprietários da
ação o termino da primeira versão do produto pronto, o DealerNet
aconteceu no final do ano de 1995, nesse mesmo ano a International
Business Machines (IBM) estava selecionando um sistema de gestão
de concessionárias para colocar o logo IBM e vender a nível Brasil.
Após semanas de apresentações a Ação foi escolhida como a empresa
que seria parceira da International Business Machines (IBM)
para o segmento de concessionárias. Um ano depois a Ação participou
de outra seleção, dessa vez patrocinada pela Fiat e mais uma
vez a mesma foi escolhida.
A inovação e a ousadia da estratégia de reposicionamento da empresa
a colocaram em posição de destaque no mercado de tecnologia.
Ação Informática hoje é referencia no sistema de gestão para
concessionárias. São lideres na rede
Fiat em sistema de gestão instalado desde 2003 e Possuem o mais
moderno sistema, além de tê-lo implantado em quase todos os estados
brasileiros.
A Ação é uma empresa de renome nacional no segmento, também
e conhecida pela inovação e competência. Os fundadores da empresa
conseguiram através do reposicionamento conquistar os seusclientes, que hoje são fieis a marca que é o seu maior
marketing. Segundo Regis um dos proprietários da
empresa ressalta que como resultado dessa aceitação,
hoje a empresa conta com 50 colaboradores e
já foi agraciada por duas vezes (2003 e 2004) com
o premio máster de ciência e tecnologia do CPQD
(Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações).
Foi Top 10 no estado do Ceará, além
de participar de grupo CMMI (Capability Maturity
Model Integration) na Bahia.

Dicas de leitura

Todo aluno e profissional de Comunicação e Marketing deve
ler “Criando valor para os clientes”. É a única obra no Brasil
a enfatizar e integrar a questão da criação de valor como a
meta primária do marketing ao longo de todo o texto, apresentando
o estado da arte da área. Captando
as mudanças dinâmicas que vêm ocorrendo
no marketing e no mundo, aborda de forma
clara e concisa temas como impacto da globalização,
diversidade e ética no marketing.
A obra literária “O plano de marketing” vem
como uma das bases do planejamento estratégico
de uma empresa. Quer seja aplicado a
produtos ou serviços, é o mapa que orienta a
empresa em suas ações estratégicas e operacionais.
Fundamentado na ampla experiência
prática e acadêmica do autor, o roteiro apresentado neste
livro já ajudou muitas empresas a superar o desafio de lançar,
alavancar ou revitalizar produtos e serviços.
Como última dica tem o livro “Teorias da Comunicação de
Massa”. Ele tem um vasto painel da evolução da comunicação
de massa, trazendo também diversas perspectivas teóricas
inéditas para uma melhor interpretação e a influência
sobre os indivíduos, a sociedade e a cultura.
As aplicações de questões das teorias clássicas
da sociologia e da psicologia à comunicação
de massa, especificando diferentes
ocasiões em que os indivíduos e a sociedade
dependem, como um todo, do universo da
mídia. A nova teoria sobre as transições na
comunicação humana; uma revisão da teoria
da dependência do sistema de mídia;
as mais recentes evoluções tecnológicas e
as tentativas de adaptá-las ao sistema são
algumas das linhas que servem de pano de fundo para o
estudo da influência da comunicação de massa no mundo
moderno.
(Por Arnaldo Pires)

O que são os Conselhos de Comunicação Social?

O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação – FNDC realizou um levantamento em 26 estados brasileiros, mais o Distrito Federal e verificou que, apesar de estarem previstos para as esferas estaduais e municipais, os Conselhos de Comunicação Social permanecem ignorados pelas administrações das unidades federativas e das cidades. Até o final de 2008, organismos como estes estavam completamente desativados. A atuação dos Conselhos pode ser definida pelas Constituições Estaduais e pelas Leis Orgânicas dos Municípios.
Segundo o FNDC, apenas oito estados fazem alguma referência à criação dos conselhos estaduais
em suas constituições, são os estados de Minas Gerais, Bahia, Alagoas, Paraíba, Pará, Amapá, Amazonas e Goiás.
Conselhos de Comunicação Social (CCS) são organismos instituídos legalmente com a finalidade de proporcionar à sociedade a participação democrática em debates relacionados ao setor. São instrumentos que contribuem para o controle público sobre a área. Em âmbito nacional, o órgão é previsto pela Constituição Federal de 1988 - regulamentado pela Lei 8.389, de 30 de dezembro de 1991 - e tem como atribuição realizar pareceres, recomendações e outras solicitações encaminhadas pelo Congresso Nacional. O CCS pode opinar, por exemplo, sobre a outorga e renovação de concessão de serviços de radiodifusão e sua respectiva
programação. Pelo pioneirismo da realização da 1ª Conferência Estadual
de Comunicação Social, em agosto de 2008, a Bahia deverá servir de exemplo e modelo a ser seguido para a convocação da 1ª Conferência Nacional e outras conferências estaduais. Segundo o assessor de comunicação do governo Robinson Almeida, “O desafio principal é encarar a comunicação como uma questão de política pública, essencial para a formação e consolidação de valores”. Robinson enfatizou que a sociedade civil organizada deverá se mobilizar para participar
da construção de um novo modelo de comunicação no Brasil. Ele afirma também que a 1ª Conferência de Comunicação Social do país, impulsionou e ampliou o debate sobre a democratização da comunicação em todo o Brasil, uma vez que provou ser possível discutir aberta e democraticamente, com toda a sociedade, a comunicação enquanto direito social e humano.

Ser Empreendedor

Ação empreendedora é uma fusão de iniciativa, poder de decisão, automotivação entre
outros fatores, com o objetivo de transformar pessoas que nunca tiveram acesso
ao mundo dos negócios em empresários. Para quem deseja ser um empreendedor de
sucesso tem que saber ouvir, não ter medo de desafios e acima de tudo ter amor pelo
que se propões a fazer. É necessário também saber reconhecer as oportunidades que
surgem e ser criativo sempre. O empreendedorismo está em cada um de nós, pois
temos feeling (capacidade de compreensão, percepção de algo) e se houver algo que
o empreendedor não saiba como fazer, ele procura se especializar com cursos, palestra,
seminários entre outras formas de adquirir o máximo possível de conhecimento
sobre o negócio em que está inserido.
De acordo com o artigo O que é ser empreendedor de Adriana Alvarenga da Rocha
Pombo (www.bte.com.br) “ninguém nasce empreendedor. O contato com a família,
amigos, trabalho, sociedade vai favorecendo o desenvolvimento de alguns talentos e
características de personalidade e bloqueando ou enfraquecendo outros. Isso acontece
ao longo da vida.” (Por Cristiane Reis)

Rotina de estágio de uma aluna Unifacs

A aluna Marina Silva do curso de Comunicação e Marketing da Unifacs é estagiária do Hospital
de Olhos Ruy Cunha (Dayhorc) em Salvador. Ela atua no Contact Center, onde faz as marcações de
consultas e exames para os pacientes. A rotina é a mesma de um colaborador atuante pela CLT
(Consolidação das Leis Trabalhistas) e a mesma foi contratada pela nova lei do estagio. A carga
horária é de 6 horas, não trabalha aos sábados, domingos e feriados. Recebe bolsa auxilio, mais o
valor do transporte integral e tem direito a férias após 12 meses de contrato.
De acordo com Marina, ela sempre participa de palestras e treinamentos que envolvem a área de
atuação da empresa que é Oftalmologia. As normas internas de qualidade, assim como treinamento de atuação profissional e motivacional, são ações que se configuram como um diferencial
em sua formação acadêmica. Para os estudantes de comunicação fica a dica de que a área é ampla. É preciso ter flexibilidade, persistência e metas para que o grande objetivo seja alcançado, que é a inserção no mercado de trabalho. Quanto à saturação do mercado do qual o setor de Comunicação e Marketing é constantemente acusado, não é relevante tendo em vista que cabe ao profissional criar o seu espaço.

Possíveis campos de atuação do profissional de Marketing

(Por Lili Bião)
A constante evolução pela qual o mundo vem passando
impõe modificações em todos os setores profissionais e em
termos de Comunicação Social a situação não é diferente.
Os profissionais da área de comunicação de maneira geral
ganham dia após dia mais opções em seu leque de área de
atuação. Esta área ganha mais espaço a cada dia no mundo
globalizado, posto que o mercado de trabalho vem tornando-
se mais competitivo, e estes profissionais sendo vistos
cada vez mais como consultores de imagem e negócios.
O mercadólogo da atualidade além de comunicar a imagem
de seus clientes por meio de estratégias baseadas em técnicas
e pesquisas, deve também mostrar-se flexível e apto a
executar as mais diversas funções presentes na comunicação.
Este profissional não deve ater-se somente ao processo
de produção e troca com o fluxo de bens e serviços entre
produtor e consumidor, posto que o conceito contemporâneo
da profissão envolve a construção de um bom relacionamento
entre ele e seu cliente.
Este profissional pode vir a trabalhar em agências de publicidade,
assessoria de imprensa, relações públicas, mercado
editorial, veículos de comunicação, institutos de pesquisa,
gráficas, departamentos de comunicação e marketing de
instituições, produtoras de som e imagem, organizações do
terceiro setor, dentre tantas outras possibilidades. Seu campo
de trabalho é muito amplo.
Contudo, muitos estudiosos e profissionais do setor afirmam
que o número de profissionais é muito maior do que o
de oferta de vagas. Poucos recém-formados são absorvidos
pelo mercado em virtude da economia do país não crescer
em ritmo que acompanhe a demanda de novos profissionais
e também por conta da seletividade e competitividade
já existentes na área.

A importância da formação na vida do profissional de Comunicação e Marketing

(Por Rudimar Mota)
O desenvolvimento tecnológico reconfigura o novo papel de profissionais
das áreas de Comunicação e Marketing como campo de estudos
interdisciplinares, o que os obriga à educação continuada e integrada. O
curso oferece uma sólida formação teórica nas áreas comunicacionais,
acompanhada de aplicação prática, capacitando o aluno a avaliar, planejar
e implantar, como gestor, planejamentos e projetos de comunicação
interna e externa nas empresas e instituições. Além disso, compõe
estratégias de comunicação e maximização de recursos, qualificando e
especializando profissionais de diferentes áreas, para atuar na gestão
dos processos de Marketing, de comunicação e de administração, sob a perspectiva das novas tecnologias: a circulação de
informações, como intranet e internet.
É importante que o alunado de comunicação e marketing esteja participando e se integrando junto às empresas e entidades
do ramo, no sentido de estar se capacitando cada vez mais, através de cursos, seminários, congressos, palestras para
melhor aprimoramento das suas atividades, já que as ferramentas usadas para este fim estão sempre evoluindo tecnologicamente
e exigem do estudante um esforço maior para conhecer e acompanhar este desenvolvimento.

Marketing no terceiro setor: uma realidade cada vez mais presente

(Por Andresa Carvalho)
Para quem pensa que o marketing só acontece em organizações
com finalidades lucrativas, ledo engano. Os
ferramentais do marketing – a exemplo da segmentação
de mercado, composto mercadológico e posicionamento
estratégico – cada vez mais têm sido aplicados
em organizações do terceiro setor da sociedade civil.
Isto acontece porque quaisquer que sejam as finalidades
de uma organização, sempre existirão um públicoalvo
e segmento específico aos quais se deseja atingir.
Apesar de as organizações do terceiro setor possuírem
a peculiaridade de não vislumbrarem lucratividade,
elas não deixam de estar engajadas em uma causa e
pretenderem uma troca, que neste caso pode se dá, por
exemplo, entre uma organização social e seus públicos.
Como na maioria das organizações, as de finalidades
não-lucrativas também oferecem serviços ou produtos
com custos ou preços para serem oferecidos. Estes são
(em algum momento) comunicados aos públicos de relacionamento
e possuem um sistema para serem distribuídos
ou oferecidos, logo se tem o composto mercadológico
adaptado às finalidades – de acordo com o
Mix de Marketing, de Jeromy McCarthy.
Mais do que uma tendência, marketing no terceiro setor
é uma necessidade premente. A variável de Relações
públicas, abrangida pelo “P” de promoção do mix
de marketing, ganha destaque no terceiro setor em
face da guerra de percepções que caracteriza o marketing
contemporâneo. Construir uma imagem favorável
e fixá-la junto aos públicos de relacionamento,
nas organizações de terceiro setor, pode determinar a
sobrevivência e a quantidade de apoio despendido à
entidade.
Um dos principais objetivos do marketing é propulsionar
trocas espontâneas com ganhos equiparados para
ambas as partes. No terceiro setor, assim como nos
demais, as trocas também ocorrem, o que o difere do
marketing aplicado ao contexto mercadológico, são os
seus objetivos, que no contexto mercadológico convencional
visa a rentabilidade da empresa e a satisfação
do cliente; e neste, a aderência de pessoas a causa
da entidade/moção e a satisfação das necessidades das
pessoas atendidas pela entidade.
Pensar em marketing nas organizações não deve reportar
exclusivamente a venda, tal matéria tem inúmeras
aplicabilidades e é utilizada em diversos contextos, não
é em vão que existe o marketing político, institucional,
social, entre outros. Uma das coisas que difere as tipologias
de marketing, é o tipo de troca pretendida pelas
partes, o tipo de público que se encontra em cada um
dos lados da troca, além do composto de marketing.

domingo, 22 de novembro de 2009

JORNAL CIENTÍFICO

O CMKT - IN FOCO é o resultado da produção da turma do 3.º semestre de 2009, do curso de Comunicação e Marketing da Unifacs do PA6.
Os temas abordados tratam de assuntos relacionados ao contexto dos profissionais e do campo de atuação desta área de estudo.
As mudanças, inovações e tendências para o setor de “Comunicação e Marketing” são discutidas na composição de forma que visa analisar a realidade regional e a interferência do setor no cotidiano dos profissionais atuantes na cidade e temas que retratam a importância do mundo da comunicação e marketing, levando-se em conta valores significativos deste tema que nos trazem a reflexão e a necessidade de aprofundar os conhecimentos e experiências adquiridas por meio de diálogos e debates como a recente e primeira Conferência de Comunicação Social, realizada na Bahia que visa a democratização dos meios de comunicação, que ao longo dos anos tem como prática o uso da imparcialidade e de interesse de grupos oligárquicos.
Temas como A formação profissional, Possíveis campos de atuação do profissional de Comunicação e Marketing, Redes sociais e o novo nicho de mercado, esclarecimentos sobre o que são os Conselhos de Comunicação, o Marketing no terceiro setor, entrevista no Destaque Profissional com o Diretor de Marketing do Esporte Clube Vitória, Ricardo Azevêdo, entre outros.
Este trabalho foi elaborado com o propósito de informar a comunidade acadêmica da Unifacs a importância da pesquisa e leitura no campo da Comunicação Social.
O CMKT - IN FOCO, vem para romper barreiras, quebrar paradigmas e preconceitos da comunidade acadêmica quanto a Educação à Distância, valorizando o profissional no seu campo de atuação.

domingo, 23 de agosto de 2009

Mercado de Trabalho

Nesse semestre traremos à nossa mesa de discussões o que tanto mexe com o nosso bolso, o mercado de trabalho. Não só com o bolso, mas também com as expectativas profissionais.
O mercado de trabalho está cada vez mais exigente. Será que isso é ruim? Ou talvez estejamos acostumado com a rotina e não percebemos que o mundo está mudando, a globalização está batendo à sua porta, os novos meios de comunicação invadem e nos movem a todo momento e se quer os enxergamos?
Falta incentivo da política brasileira ou dos empresários? Por que a educação ainda chega para poucos? Por que os diplomas estão tão concorridos? Alguns deles até esquecidos ou desprezados... Por que as oportunidades vem sempre acompanhadas de "Q.I's"?
Bom, esses e outros questionamentos serão a base para fervilhar nosso blog.
Vamos tentar esclarecer todas as dúvidas, por meio de pesquisas e discussões com os nossos seguidores, professores, colegas e curiosos.
Até lá...

sexta-feira, 1 de maio de 2009

A TV e sua interação com outros meios


“As grandes etapas evolutivas da humanidade surgem no momento em que remodela o fundamental da vida humana : a comunicação. A cada novo processo de comunicação, tudo se renova no seio da sociedade, incluisve a própria vida do homem.”
( Peruzzolo, 1994,p.15)

A TV é o meio de comunicação que possui maior alcance de público, meio mais utilizado para informação e para entretenimento, inclusive pelos brasileiros; e por conta disto é também o meio que detém o número mais expressivo em investimentos de mídia e faturamento publicitário total.
Com o avanço da tecnologia, foi possível a implantação de novos meios de comunicação como a TV digital e principalmente a internet, seguida da banda larga. Inicialmente surgiu-se a dúvida relacionada à possibilidade da tecnologia digital derrubar o reinado desta mídia até então mais encantadora que os demais meios de comunicação tradicionalmente conhecidos. Ainda não temos esta resposta, mas podemos acompanhar as constantes inovações que a TV está produzindo para assim suprir (e por que não superar?) as necessidades e expectativas dos anunciantes e telespectadores.
A convergência da TV com os demais meios de comunicação dá-se de diversas formas, podemos ver hoje em dia programas de TV que interagem com o público todo o tempo através de ligações que o público faz para emissoras ou envio de SMS ( mensagem de texto via telefone celular ) e assim o público decide como deve terminar um episódio novelística, ou quem deve permanecer na “casa do Big Brother”, no programa “NA MIRA” a forte interação com o meio de comunicação radiofônico, outros programas em que o cliente envia e-mails, faxs com perguntas e dúvidas para o entrevistador e ainda citando o fato de que a maioria dos canais de TV possuem seus sites próprios que criam várias possibilidades tanto ao público que podem assistir programas, episódios que perderam, participar de um chat com o entrevistado do dia, ou também como espaço complementar tendo acesso a informações de entretenimento e novidades do mercado , e aqui entra fortíssimo, o espaço publicitário, onde os anunciantes encontram uma gama de possibilidades de anúncios e propagandas.
A tecnologia também trouxe a portabilidade aos meios de comunicações como o rádio, mensagem escrita ( e-mails por exemplo ) e também para a TV , pois através do novos aparelhos de MP7, ipods e alguns potentes aparelhos celulares você pode assistir o seu programa ou capítulo favorito sem ter que entrar em pânico por estar em algum engarrafamento pela cidade.
Assim percebemos que a tecnologia cresce, mas também os meios de comunicações se renovam, a TV cria muito mais vertentes e acessos ao seu público mostrando um show de interação, com muito mais opções e qualidade tanto para o consumidor como também para os anunciantes. Logo o que parecia o fim é apenas o começo de grandiosas e desconhecidas possibilidades.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

TECNOLOGIA X TV




O homem diferenciou-se dos demais animais pela sua alta capacidade de reunir experiências ao longo de sua vida e, ainda pala sua destreza em transmiti-las para suas gerações posteriores.
Como forma de registrar seus feitos, o homem passou a pintar as paredes das cavernas, abstraiu estes desenhos a tal ponto que chegou a inventar a escrita.
O homem representou e escreveu, inventou a fotografia que imortalizou as celebridades e os momentos históricos com total fidelidade de imagem. Mas esta fotografia ganhou movimento, e através da junção de descobertas na área da Química, Física e da Eletrônica, pudemos transmitir as imagens em movimento através de cabos e ondas eletromagnéticas que chegam aos lugares mais distantes da Terra e até mesmo a outros planetas.
A revolução neste momento em que a TV passa por profundas transformações no Brasil está por conta da Informática que transformou a imagem e o som do vídeo, em lotes de dados digitais que são transmitidos por meio de cabos, satélites e antenas, chegando às TVs, celulares, computadores e laptops por todo o país com as mesmas características de cor e som em que foi produzido no estúdio de gravação.
Por se tornar um meio totalmente digital, a TV brasileira está aberta à fusão com todos os meios de comunicação que utilize esta tecnologia como Internet e celular, por exemplo.
A fusão da TV com os demais meios de comunicação causa uma quebra de paradigma ao anunciar que o espectador deixará de ser espectador, passando a ser o sujeito formatador da sua própria TV, assistindo da forma e ângulo que lhe convier, ouvindo os comentários a partir do comentarista de sua escolha, vendo a propaganda que lhe interessa, e muito mais o que sua mente possa desejar. O controle está na sua mão!

A SEGMENTAÇÃO E VIÉS DA TV - (Comercial x Cultura)


Até o inicio da década de 90, quem quisesse assistir televisão, poderia escolher entre sete canais abertos na freqüência VHF e mais alguns poucos em UHF, com exceção das pessoas que tinham antena parabólica em casa. Com a consolidação da TV por assinatura, essa história mudou, no caso do cabo o número de canais disponíveis aos assinantes varia, chegando a ser superior a cinqüenta. A TV a cabo intensificou a segmentação por canais e não mais por horários, embora essa seja uma tendência registrada em outros veículos de comunicação. Por exemplo quem gosta de desenhos animados pode assisti-los a qualquer hora do dia, o mesmo acontece com o público de filmes, telejornais, entre outros programas. Diante de pesquisa de mercado feita por operadoras de cabo, perceberam essa tendência dos telespectadores e passaram a conquistar uma porção significativa da audiência ao oferecer programas adaptados a nichos específicos de mercado. Outra forma de segmentar a programação para atender audiências específicas diz respeito aos chamados “canais étnicos”, esses canais tem audiência bastante restrita, limitada basicamente a determinadas colônias de imigrantes e seus descendentes. É o caso de Dubai. Outros canais também são limitados a quem conhece idiomas, como o alemão (Deutsche Welle), o italiano (RAI), e o francês (TV5), a TVA decidiu incluir o canal RAI na sua programação pelo fato de que São Paulo apresenta uma população italiana maior do que a cidade de Milão. Assinantes que estudam idiomas sustentam boa parte do sucesso dos canais estrangeiros, as razões oferecidas pelos assinantes de TV a cabo, para assinarem o serviço, tendem a revelar um motivo instrumental, aprender inglês, e um motivo cultural, conseguir acesso à cultura estrangeira.
Avalia-se que as redes abertas ainda têm a massificação como principal característica, mas ressalta que os veículos de comunicação investem simultaneamente na fragmentação e no reagrupamento de consumidores por interesses afins, se nos anos 80 a segmentação das bases consumidoras prenunciava-se como alternativa à homogeneização de gostos pelas indústrias culturais, hoje a chamada hipersegmentação consolida-se como um dos alvos centrais mercadológicas.
No Brasil, a televisão passou a sofrer a segmentação a partir das novas concessões, em grandes áreas metropolitanas, como São Paulo. Sem espaço para novos canais na freqüência VHF, as atenções se dirigiram para a freqüência ultra-alta. Mas a UHF, que permitiu tal segmentação, não podia ser considerada uma novidade na região metropolitana de São Paulo, já que havia nesse período transmissores UHF ponto-a-ponto que distribuíam sinais das redes às estações de TV afiliadas, no interior. A Indústria brasileira sofreu um grande impacto a partir da chegada da Jovem Pan e da MTV- Abril, que introduziram o conceito de canais segmentados.
A segmentação também tem levado a uma outra situação; o fato de a audiência assistir a coisas diferentes na televisão atenua a integração sociocultural. Conforme já mencionado, na entrevista de grupo focal, entre os participantes havia quem sequer conhecia o que o outro assistia na TV. Entre eles, a televisão, conforme discute Wolton (1996), deixou de desempenhar seu papel de unidade social e cultura.

terça-feira, 28 de abril de 2009



A idéia de trabalhar com imagens está ligada a história da civilização. Já nos tempos primitivos o homem deixava suas impressões em forma de desenhos para que as gerações posteriores pudessem aprender ou os reverenciar.
Maurício Valim, Agosto de 1998.


Nada será como antes, surge a Televisão no mundo

Ainda que não exista um consenso sobre quem inventou o aparelho televisivo ou até mesmo de quando data exatamente a primeira transmissão oficial.Em realidade, a história da TV começa no século passado, mais precisamente em 1817, quando o químico sueco Jakob Berzelius concluiu que o selênio poderia transformar a energia luminosa em elétrica. Contudo, somente na década de 20 se realizariam as primeiras transmissões de imagens em caráter experimental.No ano de 1923 o inglês John Baird conseguia fazer a primeira transmissão de imagens de objetos com uma ‘caixa’ denominada por ele ‘televisão’. No mesmo período Vladimir Zworkin, um russo naturalizado americano criava o iconoscópio, aparelho que tinha a capacidade de montar uma imagem totalmente eletrônica, formada por uma centena de linhas e milhares de pontos luminosos.

A chegada da TV no Brasil

O surgimento da televisão no Brasil deu-se no ano de 1950 pelas mãos do pioneiro da comunicação no país, o famoso jornalista e empresário Assis Chateaubriand. Chatô, como era conhecido, desejava aumentar o sua cadeia de jornais e emissoras de rádio a Diários Associados, trazendo ao país o que havia de mais moderno e revolucionário em termos de comunicação.

Foi ele também o responsável pela chegada dos primeiros aparelhos transmissores propriamente ditos, importados dos EUA, encomendados na RCA, ao Brasil.
A primeira transmissão registrada no país ocorreu no dia 3 de abril deste mesmo ano com uma apresentação de Frei José Mojica, um padre cantor do México. As imagens foram transmitidas e assistidas em alguns aparelhos que já haviam sido instalados no saguão dos Diários Associados.
Em 10 de setembro, em caráter experimental foi realizada uma transmissão pela TV Tupi de um filme no qual o ex-presidente Getúlio Vargas falava sobre o seu retorno à política.
Finalmente em 18 de setembro a TV Tupi de São Paulo (PRF-3 TV, canal 3) foi inaugurada oficialmente. Era a concretização do sonho de Chateaubriand. O transmissor comprado foi posicionado no topo do prédio do Banco do Estado de São Paulo.
Neste dia, ia ao ar o programa "TV na Taba". Um show apresentado por Homero Silva sob direção de Cassiano Gabus Mendes. A atração contou com a participação de estrelas como Lima Duarte, Hebe Camargo, Mazzaropi, Ivon Cury, Lolita Rodrigues, Aurélio Campos, do jogador Baltazar e da orquestra comandada por George Henri.
Na época a programação era completamente improvisada e gerada ao vivo, por conta disso imprevistos ocorriam com frequência; para se ter uma idéia, somente na inauguração do canal uma das duas câmeras importadas estragou horas antes de entrar no ar. Mesmo assim, o programa foi ao ar feito somente a câmera restante. Como não haviam ainda aparelhos televisores em São Paulo nem outro lugares do país, Chateaubriand espalhou 200 aparelhos em lugares tidos como "estratégicos" da capital paulista.
No dia seguinte a isto, com o auxílio de profissionais de rádio, jornal e teatro, foi colocado no ar o primeiro telejornal da TV brasileira, o "Imagens do Dia". A partir de então, as transmissões passaram a acontecer diariamente das 18 às 23h. O estilo seguia os moldes do rádio apenas com a vantagem de se ver o locutor e algumas poucas imagens de exibição em preto e branco sem som.
Os primeiros anunciantes da televisão basileira foram : Sul América Seguros, Antárctica, Moinho Santista e empresas Pignatari (Prata Wolf).
Em 20 de janeiro de 1951 entrava no ar a segunda emissora do país, a TV Tupi do Rio de Janeiro.
Este histórico momento ficou marcado como uma época de árduo trabalho, improviso e criatividade. Em busca da audiência, aconteceram as primeiras conquistas técnicas e inúmeras experiências de linguagem. O objetivo primordial era transmitir uma programação com base no respeito ao telespectador e também na ética social da época.
Neste mesmo ano, já existiam aproximadamente 7 mil aparelhos de televisão entre São Paulo e Rio. Foi também em 51 que o Brasil começou a fabricar aparelhos receptores de TV, os primeiros foram da marca "Invictus".
Desde então, o crescimento do número de aparelhos no Brasil cresceu em larga escala chegando no ano de 2001 a uma marca estimada de 60,5 milhões de aparelhos espalhados por todo o país.

NOVAS TENDÊNCIAS DA TV BRASILEIRA

MUDANÇAS NA PROGRAMAÇÃO DA TV BRASILEIRA

Em busca de melhores índices de audiência, a televisão brasileira passa por uma profunda remodelagem na programação e aposta em formatos de sucesso da TV por assinatura e na produção própria de seriados e reality shows.

Após o carnaval, as emissoras de TV brasileira lançam uma gama de novos formatos e títulos que comporão a programação do ano todo. Os programas que lideravam a audiência perdem espaço para os reality shows e as séries. As telenovelas eram quase imbatíveis em audiência e seus horários eram os mais disputados, conseqüentemente se tornavam caros para a veiculação de publicidade. Apesar de ainda terem um grande público cativo, as telenovelas nos últimos 4anos registram quedas graduais. Temos como exemplo a novela Alma Gêmea (2005), transmitida no horário das seis detinha em média 38,6 pontos, enquanto a Negócio da China (2008/2009) não passava dos 27 pontos.
Um dos motivos que levaram as novelas a perderem seus telespectadores foi, a mudança de comportamento do público, que se tornou mais exigente. O telespectador quer ser surpreendido e não aceita antigos padrões que pecam quando fogem da realidade. “A novela tem um processo de produção mais desgastante. Na maioria das vezes, é preciso trabalhar com a mesma temática e o mesmo elenco durante um ano ou mais, e isso limita bastante a inovação do enredo”, explica Alexandre Avancini, diretor geral de dramaturgia da Rede Record.

Com a popularização da internet, os jovens têm maior variedade de entretenimento e estão cada vez mais desinteressados nas novelas, uma vez que buscam alternativas dinâmicas e interativas de lazer, deixando, muitas vezes, de assistir à televisão. A audiência também passou a ser compartilhada com as músicas e vídeos da internet, com os filmes em DVD e com a programação da TV por assinatura. Segundo dados de 2008 da Associação Brasileira de TV por Assinatura (Abta), houve um crescimento de 12,7% em comparação a 2007, chegando a 5,5 milhões de domicílios no Brasil.

Quem chega com muita velocidade nas telinhas são as séries. Repaginadas e prontas para novos desafios, seja no canal aberto ou fechado. Aproveitando o interesse contínuo do público as emissoras investem nesse entretenimento que agrada em cheio, principalmente o público de canal fechado. As emissoras perceberam essa nova tendência mercadológica que vem do exterior e que faz com que as pessoas se interessem mais por elas. O sucesso das séries estrangeiras é um reflexo de um mercado mais internacionalizado. O mercado brasileiro vem acompanhando essa tendência através de um dos maiores produtores de seriados, desde a década de 1980, dos Estados Unidos lideram essa produção mundial.
A produção própria de seriados também é outra aposta das emissoras do país. Apesar de necessitarem de grandes recursos financeiros e de tecnologia avançada, ela tem se mostrado uma alternativa para adequar o conteúdo dos programas à realidade da população brasileira. A Rede Record, por exemplo, tem apostado nesse novo mercado e obtendo altos ganhos de audiência, elevando a qualidade técnica e intelectual da emissora. Os programas são voltados para as classes C, D e E, mostrando a essência de cada uma de acordo com a realidade, sua abordagem é focada principalmente na vida nas favelas e o tráfico de drogas.
A pioneira das séries nacionais, a Rede Globo, investe cada vez mais em programas humorísticos, mas de olho na concorrência, já elabora séries voltadas para as questões cotidianas, que retrata a realidade dos morros do Rio de Janeiro. As produções brasileiras não deixam nada a desejar com relação às feitas no exterior. A recíproca é verdadeira, as emissoras estrangeiras já exportam seriados brasileiros.
A transposição de um seriado da TV aberta para os canais fechados tem o objetivo de agregar audiência de novos públicos, já que, em função do menor custo e da conseqüente popularização da TV paga, esta passa a carecer de diversificação de conteúdos para agradar diferentes perfis de potencial. Quanto maior o contingente, maior a diversidade de preferências oriundas do público de canais abertos.
Para uma produção cinematográfica fazer sucesso não existe regras, no caso específico do Brasil, há uma identificação do telespectador com nomes que estão habituados a ver no dia-a-dia da programação televisiva. O mesmo não se pode dizer dos reality shows, seus protagonistas são na maioria das vezes,totalmente desconhecidos, mas por destacarem realidades existentes no dia-a-dia do país,esse formato também caiu na programação televisiva.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MEIO DE COMUNICAÇÃO TV


Todos os meios de comunicação apresentam vantagens e limitações. Para que possamos aproveitar integralmente as vantagens é preciso conhecer bem as suas características e saber selecionar os que se adaptam à natureza da mensagem e fazem uma boa cobertura do grupo consumidor visado.
Genericamente, podemos dizer que o melhor veículo para dada campanha é aquele que atinge maior número de consumidores visados, de modo mais impressivo, mais rapidamente e ao menor custo por cabeça.

· Transmissão acessível a toda população

· Cobertura geográfica e demográfica

· Grande penetração em todos os targets

· Grande concentração de audiência

· Segmentação

· Agilidade

· Meio dinâmico, demonstra ação

· Meio de cobertura local e nacional

· Custo absoluto pode ser alto

· Rapidez na programação da mensagem

· Criador de modismo

· Transfere status a mensagem
· Mensagens de vida curta

· Disponibilidade limitada

· Tendência a popularização da TV Aberta – “Se o público gosta, dá audiência, se dá audiência, o público gosta”

· Oferece informação e entretenimento

· Meio de maior influência nas campanhas de produtos de consumo de massa – envolvimento emocional

· Crescimento das TVs por assinatura vêm causando mudanças consideráveis nos hábitos de audiência.

· Quando há necessidade de uma grande cobertura em um curto espaço de tempo a TV é imbatível.


Elton Tamiozzo